Ranking 2025
89/ 180
Nota: 55,37
Indicador político
94
44,48
Indicador econômico
127
35,00
Indicador legislativo
81
63,22
Indicador social
124
49,41
Indicador de segurança
72
84,73
Ranking 2024
88/ 180
Nota: 57,15
Indicador político
101
45,25
Indicador econômico
123
37,61
Indicador legislativo
76
64,68
Indicador social
120
52,44
Indicador de segurança
59
85,78

Desde 2021, a liberdade de imprensa atravessa uma crise sistêmica. O escândalo das escutas telefônicas de jornalistas, envolvendo o Serviço Nacional de Inteligência (EYP), ainda não foi elucidado, assim como o assassinato, no mesmo ano, do jornalista investigativo Giorgos Karaivaz. Os processos-mordaça são comuns no país.

Cenário midiático

A confiança do público nos meios de comunicação está entre as mais baixas da Europa há muitos anos. Alguns grandes grupos privados, como Alter Ego Media, dividem espaço com centenas de veículos on-line, o que contribui para uma grande fragmentação do cenário midiático. Ao mesmo tempo, uma minoria de empresários detém o controle da esmagadora maioria de meios de comunicação, ao mesmo tempo que está envolvida em outros setores de atividade altamente regulamentados. Alguns deles têm laços estreitos com a elite política do país. Como resultado, a imprensa nacional é fortemente polarizada.

Contexto político

O porta-voz do governo é responsável pela supervisão dos meios de comunicação públicos, o que compromete sua independência editorial. A autoridade reguladora da radiodifusão, o Conselho Nacional de Rádio e Televisão, criticada por sua lentidão e ineficácia, não foi significativamente reformulada nem pelo governo atual nem pelo anterior. Sob o controle do primeiro-ministro, o Serviço Nacional de Inteligência (EYP) tem estado envolvido na vigilância de jornalistas, muitos dos quais foram alvo do software espião Predator.

Quadro jurídico

Apesar das garantias constitucionais, a liberdade de imprensa vem sendo ameaçada no âmbito legislativo. As novas leis aprovadas pelo Parlamento em resposta ao escândalo Predatorgate – destinadas a proporcionar maior proteção aos cidadãos contra a vigilância arbitrária – não atendem às normas europeias, e a justiça isentou o Serviço Nacional de Inteligência (EYP) de envolvimento no caso. Uma lei sobre mídia levou à criação de um polêmico comitê de ética. O Código Penal permitiu a condenação de um jornalista sem provas concretas por “disseminação de informações falsas”, enquanto uma emenda aprovada em 2023 aumenta o risco de prisão para profissionais de comunicação acusados de difamação.

Contexto económico

A crise financeira da última década, combinada com a queda do número de leitores e dos orçamentos publicitários, colocou em risco a sobrevivência em longo prazo de muitos meios de comunicação. O impacto da nova legislação destinada a aumentar a transparência da propriedade e do financiamento dos veículos de comunicação ainda precisa ser avaliado.

Contexto sociocultural

As instalações de alguns meios de comunicação são regularmente alvo de ataques por parte de ativistas tanto da extrema-direita quanto da extrema-esquerda, que os consideram inimigos ideológicos. Além disso, jornalistas mulheres enfrentam práticas sexistas recorrentes no local de trabalho.

Segurança

A polícia recorre regularmente à violência e a interdições arbitrárias para impedir a cobertura jornalística dos protestos e da crise dos refugiados nas ilhas gregas. Jornalistas enfrentam agressões físicas durante eventos esportivos e até mesmo em frente a suas casas. O assassinato do jornalista veterano Giorgos Karaivaz, morto a tiros em plena luz do dia em frente a sua residência em Atenas, em 2021, ainda não foi elucidado. Os dois suspeitos foram inocentados em 2024. O escopo limitado de um grupo de trabalho sobre a proteção de jornalistas impede-o de responder à crise sistêmica do jornalismo grego.